Polícia vai analisar imagens de câmeras de segurança que mostram o momento exato em que o incêndio teve início em uma residência no bairro Santa Clara, em Patos

 Polícia Civil da Paraíba vai analisar imagens de câmeras de segurança que mostram o momento exato em que o incêndio teve início em uma residência no bairro Santa Clara, em Patos, no Sertão paraibano. A tragédia, ocorrida no último sábado (31), deixou três vítimas da mesma família e resultou na morte de Maria Faustino Lucena, de 58 anos, que tentou resgatar o neto de 1 ano e 4 meses.

As imagens, que começaram a circular nas redes sociais nesta quinta-feira (5), mostram a filha da vítima, a professora Kelly Ketyly Faustino Lucena, de 33 anos, segurando uma vela e se aproximando de um sofá, onde possivelmente havia álcool ou outro material inflamável. As chamas se espalham rapidamente pela casa.

De acordo com o jornalista Pabhlo Rhuan, o delegado Claudinor Lúcio, responsável pela investigação, confirmou que a família entrou em contato para entregar oficialmente as imagens à polícia, a fim de que sejam analisadas e ajudem na elucidação do caso.

Além do vídeo, também circulam prints de conversas atribuídas a Kelly com o companheiro. Em uma das mensagens, ela teria afirmado: “Se você voltar, eu taco fogo em tudo.” Informações preliminares apontam que o relacionamento era conturbado e que o casal havia discutido pouco antes do incêndio.

Maria Faustino foi inicialmente socorrida pelo Samu e levada ao Hospital Regional de Patos. No domingo (1º), foi transferida para o Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, onde faleceu às 12h50 da quarta-feira (4). Segundo boletim médico, ela teve 40% do corpo queimado, incluindo o rosto, e permaneceu internada em estado grave na UTI até o óbito.

A filha, Kelly, sofreu queimaduras em 60% do corpo e também continua internada em estado grave, sob ventilação mecânica. O neto, de apenas 1 ano e 4 meses, teve 25% do corpo queimado, com lesões no rosto, tórax e pé esquerdo. Ele está entubado, mas em estado estável, também na UTI.

A Polícia Civil colheu depoimentos no hospital e apura a possibilidade de que o incêndio tenha sido criminoso, possivelmente provocado intencionalmente por Kelly, que era a dona da residência.

Por Pabhlorhuan