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Assassinos de Marielle, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são condenados pelo Tribunal do Júri

Além das penas de prisão, Lessa e Queiroz foram condenados a pagar pensão ao filho de Anderson, Arthur, até que ele complete 24 anos, e a uma indenização de R$ 706 mil para cada uma das vítimas, incluindo familiares de Marielle e Anderson.

01/11/2024 às 05h34 Atualizada em 01/11/2024 às 05h39
Por: Angelo Lima Fonte: Redação
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Assassinos de Marielle, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são condenados pelo Tribunal do Júri

Nesta quinta-feira (31), o 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018. Lessa recebeu pena de 78 anos, 9 meses e 30 dias de prisão, enquanto Élcio foi condenado a 59 anos, 8 meses e 10 dias.

O júri considerou ambos culpados por duplo homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, emboscada e impossibilidade de defesa da vítima –, tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle, e receptação do veículo utilizado no crime.

Além das penas de prisão, Lessa e Queiroz foram condenados a pagar pensão ao filho de Anderson, Arthur, até que ele complete 24 anos, e a uma indenização de R$ 706 mil para cada uma das vítimas, incluindo familiares de Marielle e Anderson.

A juíza Lúcia Glioche, que presidiu o julgamento, ressaltou a importância da sentença como resposta à impunidade, afirmando que, apesar das falhas da justiça, "ela chega aos culpados e tira o bem mais importante deles, depois da vida, que é a liberdade".

Os ex-policiais fecharam acordo de delação premiada, enquanto as investigações sobre os mandantes do crime continuam. Entre os acusados estão Chiquinho e Domingos Brazão, respectivamente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e deputado federal. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, também é acusado de atrapalhar as investigações e, assim como os irmãos Brazão, está preso.

A motivação do assassinato envolve disputas por questões fundiárias e ligações com grupos de milícia. Marielle, vereadora de causas sociais e direitos humanos, discordava do grupo político de Chiquinho Brazão sobre o Projeto de Lei 174/2016, que pretendia regulamentar um condomínio na Zona Oeste do Rio.

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